É
interessante perceber a intensão que está por trás das palavras. O discurso, por
si só, é uma aglomerado de várias vozes (polifonia), ou seja, não existe um
texto totalmente puro. Usamos o que ouvimos e lemos e reproduzimos à nossa
maneira.
O
ato da comunicação é sempre manipulador. A intensão do locutor é a de persuadir
(com argumentos fortes, contundentes) o interlocutor; defendemos um ponto de
vista e fazemos manipulações. É o querer que o outro “vá na minha onda”.
A
língua é um instrumento dominador. Há quem
diga que quem domina mais de duas línguas é um cidadão do mundo; e quem só
domina a sua língua é um cidadão provinciano.
Há
um padrão a ser seguido, porque se não for assim vira uma torre de babel. Embora haja o preconceito linguístico quanto ao “certo” e ao “errado”, ou melhor, o adequado e o inadequado, imagine cada um escrevendo e falando sem um paradigma.
Quem
não domina sua língua materna é visto como uma pessoa inculta, iletrada. Temos
de estar em constante contato com a língua, aprimorando a leitura e a escrita,
ampliando o nosso conhecimento de mundo. A língua é viva e mutante.
Quanto
à objetividade no discurso, não existe, cada um fala conforme a sua ótica,
mesmo não se colocando diretamente no texto (falado ou escrito), como uma
dissertação, por exemplo.
Outro
ponto interessante da Análise do Discurso é a diferença entre a Enunciação e o
Discurso. Enquanto este é a alma do texto (é o que está atrás das letras),
aquele é o processo de produção de um texto. Para alguns teóricos, Enunciação e
Discurso são a mesma coisa.
O
Discurso está diretamente ligado à ideologia, àquilo que eu acredito. E faço,
usando a estratégia da persuasão, com que o outro acredite no que eu acredito.
Logo, somos frutos de uma ideologia.
Dissertação produzida no
Curso de Pós-graduação
Disciplina: Análise do
Discurso
Flávio B. S. dos Santos
Santos-SP. – 10/2011
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