domingo, 13 de maio de 2012

Análise do Discurso


É interessante perceber a intensão que está por trás das palavras. O discurso, por si só, é uma aglomerado de várias vozes (polifonia), ou seja, não existe um texto totalmente puro. Usamos o que ouvimos e lemos e reproduzimos à nossa maneira.
O ato da comunicação é sempre manipulador. A intensão do locutor é a de persuadir (com argumentos fortes, contundentes) o interlocutor; defendemos um ponto de vista e fazemos manipulações. É o querer que o outro “vá na minha onda”.
A língua é um instrumento dominador.  Há quem diga que quem domina mais de duas línguas é um cidadão do mundo; e quem só domina a sua língua é um cidadão provinciano.
Há um padrão a ser seguido, porque se não for assim vira uma torre de babel. Embora haja o preconceito linguístico quanto ao “certo” e ao “errado”, ou melhor, o adequado e o inadequado, imagine cada um escrevendo e falando sem um paradigma.
Quem não domina sua língua materna é visto como uma pessoa inculta, iletrada. Temos de estar em constante contato com a língua, aprimorando a leitura e a escrita, ampliando o nosso conhecimento de mundo. A língua é viva e mutante.
Quanto à objetividade no discurso, não existe, cada um fala conforme a sua ótica, mesmo não se colocando diretamente no texto (falado ou escrito), como uma dissertação, por exemplo.
Outro ponto interessante da Análise do Discurso é a diferença entre a Enunciação e o Discurso. Enquanto este é a alma do texto (é o que está atrás das letras), aquele é o processo de produção de um texto. Para alguns teóricos, Enunciação e Discurso são a mesma coisa.

O Discurso está diretamente ligado à ideologia, àquilo que eu acredito. E faço, usando a estratégia da persuasão, com que o outro acredite no que eu acredito. Logo, somos frutos de uma ideologia. 

Dissertação produzida no Curso de Pós-graduação
Disciplina: Análise do Discurso
Flávio B. S. dos Santos
Santos-SP. – 10/2011

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