“Não andeis ansiosos de coisa alguma” (Filipenses 4:6)
A ansiedade crônica rouba alguns anos de vida porque provoca um acentuado dispêndio de energia. Além de ser inútil, ela entristece, adoece — física e emocionalmente — e envelhece. O pior de tudo é que a ansiedade rotineira não prejudica apenas o ansioso, mas também aqueles que convivem com ele em casa, na igreja e no trabalho, incluindo o cônjuge, os filhos e os amigos.
É para evitar esse desperdício de saúde emocional e de alegria que Paulo condena a ansiedade e oferece uma alternativa aos ansiosos. Em última análise, a ansiedade, seja ela esporádica ou crônica, é uma violência contra Deus, porque obriga o ansioso a pôr em dúvida o cuidado que Deus dispensa mais ao ser humano que às aves do céu e aos lírios dos campos (Mateus 6:25-31). Jesus coloca o discípulo ansioso no mesmo nível dos pagãos, que vivem correndo de um lado para outro atrás do que comer, beber e vestir (Mateus 6:32). O Senhor se sente injustiçado com o comportamento ansioso de seus seguidores, porque a ansiedade rouba tempo e energia que deveriam ser gastos na difícil construção de seu reino (Mateus 6:33). Quanto mais tempo se gasta na tentativa de eliminar o vício da ansiedade, mais difícil é livrar-se dela. É por isso que o pastor cubano Rafael Cepeda escreve em seu livro O Tempo e as Palavras: “A preocupação é, talvez, o pecado mais universal, o mais esgotante, o mais bobo e o mais inútil”.
É bom fazer um inventário de nossas possíveis causas para a ansiedade, classificando-as em determinados grupos. Mesmo que seja longa, a lista certamente não será completa. Os motivos para a ansiedade variam de pessoa para pessoa e de circunstância para circunstância.
Ao mesmo tempo que condena a ansiedade, Paulo ensina o caminho para livrar-se dela:
“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:6-7).
O esquema é muito simples: toda vez que surgir uma preocupação, deve-se apresentá-la diante de Deus por meio da oração suplicante misturada com ação de graças, antes que essa sensação se transforme em ansiedade. A mistura de súplica com agradecimento faz bem, pois obriga a memória a enxergar e localizar as coisas boas da vida e os livramentos passados, diminuindo a tensão interna, encorajando a oração e trazendo a tranquilidade.
O resultado não demora: a paz de Deus, “que ninguém consegue entender” (Filipenses 4:7, NTLH) ou “que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender” (Filipenses 4:7, BV) ou “que transcende toda a compreensão humana” (Filipenses 4:7, Phillips), ocupará o lugar que seria da ansiedade.
(Texto recebido via Whatsapp.)
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