Sabemos
que o primeiro ato da comunicação é o gesto. Logo em seguida vem a fala, que é
mais evidenciada. E a escrita veio para registrar, dar certa forma à linguagem
gestual e oral.
Há
algum tempo vimos percebendo o quanto escrever tem sido penoso para a maioria
dos brasileiros. A falha nesse processo de escrita começa com a falta de hábito
de leitura. Temos excelentes escritores, exportamos literatura para
praticamente todos os países, mas onde estão os leitores brasileiros? Se não
lemos, temos um vocabulário restrito tanto para falar quanto para escrever.
E quando escrevemos vêm alguns professores
e/ou “aspirantes a professor’’ (parentes e amigos) podando o nosso texto.
Parafraseando Hermeto: ‘’Deixa a criançada escrever. ’’
Queremos,
já, nas primeiras produções textuais, despejarmos todo o arsenal de técnicas e
teorias redacionais sobre o redator (aluno ou pessoa comum). Esquecemos que
praticamente tudo na vida é gradual. A criatividade tem de vir em primeiro
lugar, e as técnicas depois. Quando invertemos o processo a criatividade não
flui. É claro que a teoria é importante, mas somente quando tem sentido para
nós e nos faz refletir sobre a prática. Isto é, primeiro temos de criar e
sentir o texto, depois aliar às técnicas de produção.
Se queremos motivar a escrita em alguém, temos
de lhe dar um sentido; ele tem de sentir que é necessário e que pode fazer um
bom texto, sendo assim, terá vontade de produzi-lo.
Mãos
à obra: ESCREVA! Práticas e teorias andam de mãos dadas, portanto, as técnicas
de escrita vão se construindo na própria experimentação, (des) construção e
exploração dos textos.
Crônica produzida
durante o Curso de Pós-graduação
Flávio B. S. dos Santos
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