“Só a ignorância aceita e a indiferença tolera o reinado da mediocridade.” (José de Alencar)
1- (UFU-MG) Sobre Iracema, de José de Alencar, podemos dizer que:
a) as cenas de amor carnal entre Iracema e Martim são de tal forma construídas que o leitor as percebe com vivacidade, porque tudo é narrado de forma explícita.
b) em Iracema temos o nascimento lendário do Ceará, a história de amor entre Iracema e Martim e as manifestações de ódio das tribos tabajara e potiguara.
c) Moacir é o filho nascido da união de Iracema e Martim. De maneira simbólica ele representa o homem brasileiro, fruto do índio e do branco.
d) a linguagem do romance Iracema é altamente poética, embora o texto esteja em prosa. Alencar consegue belos efeitos linguísticos ao abusar de imagens sobre imagens, comparações sobre comparações.
Assinale:
(A) se apenas 2 e 4 estiverem corretas.
(B) se apenas 2 e 3 estiverem corretas.
(C) se 2, 3 e 4 estiverem corretas.
(D) se 1, 3 e 4 estiverem corretas.
2- (UNICAMP) O trecho abaixo foi extraído de Iracema. Ele reproduz a reação e as últimas palavras de Batuiretê antes de morrer:
O velho soabriu as pesadas pálpebras, e passou do neto ao estrangeiro um olhar baço. Depois o peito arquejou e os lábios murmuraram:
– Tupã quis que estes olhos vissem antes de se apagarem, o gavião branco junto da narceja.
O abaeté derrubou a fronte aos peitos, e não falou mais, nem mais se moveu.
José de Alencar, Iracema: lenda do Ceará. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1965, p. 171-172.)
a) Quem é Batuiretê?
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b) Explique o sentido da metáfora empregada por Batuiretê em sua fala.
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3- (PUC) Considere os dois fragmentos extraídos de Iracema, de José de Alencar.
I. Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano? Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora. Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem.
II. O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim partiu das praias do Ceará, levando no frágil barco o filho e o cão fiel. A jandaia não quis deixar a terra onde repousava sua amiga e senhora. O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?
Ambos apresentam índices do que poderia ter acontecido no enredo do romance, já que constituem o começo e o fim da narrativa de Alencar. Desse modo, é possível presumir que o enredo apresenta:
A) o relacionamento amoroso de Iracema e Martim, a índia e o branco, de cuja união nasceu Moacir, e que alegoriza o processo de conquista e colonização do Brasil.
B) as guerras entre as tribos tabajara e pitiguara pela conquista e preservação do território brasileiro contra o invasor estrangeiro.
C) o rapto de Iracema pelo branco português Martim como forma de enfraquecer os adversários e levar a um pacto entre o branco colonizador e o selvagem dono da terra.
D) a vingança de Martim, desbaratando o povo de Iracema, por ter sido flechado pela índia dos lábios de mel em plena floresta e ter-se tornado prisioneiro de sua tribo.
E) a morte de Iracema, após o nascimento de Moacir, e seu sepultamento junto a uma carnaúba, na fronde da qual canta ainda a jandaia.
4- (UFU-MG) Considere o trecho a seguir:
O conhecimento da língua indígena é o melhor critério para a nacionalidade da literatura. Ele nos dá não só o verdadeiro estilo, como as imagens poéticas dos selvagens, os modos de seu pensamento, as tendências de seu espírito, e até as menores particularidades de sua vida. É nessa fonte que deve beber o poeta brasileiro (…) Este livro é pois um ensaio ou antes mostra. Verá realizadas nele minhas ideias a respeito da literatura nacional. (José de Alencar, Carta ao Dr. Jaguaribe, da primeira edição de Iracema.)
Escolha a alternativa que não expressa a preocupação de Alencar.
a) Deus te leve a salvo, brioso e altivo barco, por entre as vagas revoltas, e te poje nalguma enseada amiga. Soprem para ti as brandas auras; (…)
b) O irmão de Iracema tem o ouvido sutil que pressente a boicininga entre os rumores da mata; e olhar do oitibó que vê melhor nas trevas.”
c) “Então o chefe pitiguara entoou o canto da more; e foi à cabana buscar o camucim que transbordava com as castanhas de caju”.
d) “A ata é doce e saborosa; mas, quando a machucam, azeda. Tua esposa quer que seu amor encha teu coração das doçuras do mel”.
5- (UNIFEI) Os comentários abaixo se referem à Iracema, exceto:
a) “A história de amor foi tragada pelo tempo (Tudo passa sobre a terra.), enquanto o discurso pede passagem para debater a questão da nacionalidade.” (Eliana Yunes)
b) Neste romance, Alencar tenta “reconstruir a vida e os costumes dos índios brasileiros, antes do contato com o colonizador branco.” (Ulisses Infante)
c) “Há de viver este livro, tem em si as forças que resistem ao tempo e dão plena fiança do futuro… Espera-se dele outros poemas em prosa. Poema lhe chamamos a este, sem curar de saber se é antes uma lenda, se um romance: o futuro chamar-lhe-á obra-prima.” (Machado de Assis)
d) “Um crítico já observou que Iracema é anagrama de América, isto é, Iracema tem exatamente as mesmas letras de América, só que em outra ordem. Assim, simbolicamente, a morte da índia, no final da estória, pode representar a aniquilação da cultura nativa pela invasora que conquista e domina a terra.” (Literatura Comentada, Editora Abril)
6- Leia com atenção:
”Martim se embala docemente; e como a alva rede que vai e vem, sua vontade oscila de um a outro pensamento. Lá o espera a virgem loura dos castos afetos; aqui lhe sorri a virgem morena dos ardentes amores.”
Nesse trecho de um famoso romance do século XIX, os termos “lá”, “aqui” e “virgem morena”, referem-se, respectivamente:
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7- Quando José de Alencar publicou IRACEMA, recebeu uma série de críticas de que se defende, notadamente, em posfácio à segunda edição.
Pinheiro Chagas foi um crítico romântico que atacou José de Alencar e os escritores brasileiros da época, como se lê no fragmento que se segue:
“o defeito que eu vejo em todos os livros brasileiros e contra o qual não cessarei de bradar intrepidamente é a falta de correção na linguagem portuguesa, ou antes a mania de tornar o brasileiro uma língua diferente do velho português por meio de neologismos arrojados e injustificáveis e de insubordinações gramaticais…”
(CHAGAS, Pinheiro. APUD “José de Alencar”. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964, v.III, p.1129.)
Assinale a opção que corresponde à posição de Pinheiro Chagas no fragmento anterior.
a) Desde a primeira ocupação que os povoadores do Brasil, e após eles seus descendentes, estão criando por todo este vasto império um vocabulário novo, à proporção das necessidades de sua vida americana, tão outra da vida europeia.
b) A língua portuguesa é original de Portugal. Por isso cabe aos gramáticos portugueses dizerem o que é certo ou errado em relação àquela língua: os brasileiros, assim como os outros povos colonizados, devem obedecer à orientação gramatical de Portugal.
c) Os operários da transformação de nossas línguas são esses representantes de tantas raças, desde a saxônia até a africana, que fazem neste solo exuberante amálgama do sangue, das tradições e das línguas.
d) Sempre direi que seria uma aberração de todas as leis morais que a pujante civilização brasileira, com todos os elementos de força e grandeza, não aperfeiçoasse o instrumento das ideias, a língua.
e) Não fazemos senão repetir que disse e provou um sábio filólogo, N. Webster: “Logo depois que duas raças de homens de estirpe comum separam-se e se colocam em regiões distantes, a linguagem de cada um começa a divergir por vários modos.”
8- Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado (…) Cedendo à meiga pressão, a virgem reclinou-se ao peito do guerreiro, e ficou ali trêmula e palpitante como a tímida perdiz (…) A fronte reclinara, e a flor do sorriso expandia-se como o nenúfar ao beijo do sol (…). Em torno carpe a natureza o dia que expira. Soluça a onda trépida e lacrimosa; geme a brisa na folhagem; o mesmo silêncio anela de opresso. (…) A tarde é a tristeza do sol. Os dias de Iracema vão ser longas tardes sem manhã, até que venha para ela a grande noite.
Os fragmentos anteriores constroem-se estilisticamente com figuras de linguagem, caracterizadoras do estilo poético de Alencar. Predominantemente, é percebido as seguintes figuras:
a) comparações e antíteses.
b) antíteses e inversões.
c) pleonasmos e hipérboles.
d) metonímias e prosopopeias.
e) comparações e metáforas.
9- (Fuvest-2011 – Adaptada) Leia o trecho de Machado de Assis sobre Iracema, de José de Alencar, e complete os espaços vazios (Caubi, Jacaúna, Japi, Jabuticaba, Irapuã, Araquém, Poti, Martim).
“___________________ é o ciúme e o valor marcial; _______________ a austera sabedoria dos anos; Iracema o amor. No meio destes caracteres distintos e animados, a amizade é simbolizada em _______________ . Entre os indígenas a amizade não era este sentimento, que à força de civilizar-se, tornou-se raro; nascia da simpatia das almas, avivava-se com o perigo, repousava na abnegação recíproca; ______________ e _________________ são os dois amigos da lenda, votados à mútua estima e ao mútuo sacrifício”.
10- (Ita-2011) Acerca da protagonista do romance Iracema, de José Alencar, pode-se dizer que:
I. é uma heroína romântica, tanto por sua proximidade com a natureza, quanto por agir em nome do amor, a ponto de romper com a sua própria tribo e se entregar a Martim.
II. é uma personagem integrada à natureza, mas que se corrompe moralmente depois que se apaixona por um homem branco civilizado e se entrega a ele.
III. possui grande beleza física, descrita com elementos da natureza, o que faz da personagem uma representação do Brasil pré-colonizado.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) todas.
11- Qual é a única fraqueza de Iracema?
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12- Que tipo de vocabulário também faz parte desta obra?
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13- Quem é conduzido para o exílio? E como ele é considerado na obra?
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14- Com base na leitura e análise do livro Iracema, classifique as afirmações seguintes em (V) verdadeiras ou (F) falsas:
( ) A história termina com a volta de Martim para Portugal, levando consigo o filho Moacir. Depois, Moacir cresce, torna-se guerreiro e vem para o Brasil continuar as conquistas do pai.
( ) No duelo entre Irapuã e Martim, logo ao primeiro golpe, o índio quebra a espada do homem branco. Iracema salva o esposo da morte.
( ) Batuirité é o guerreiro mais velho da tribo pitiguara. Ele é avô de Poti. Morre de velhice, depois de receber a visita do neto e do homem branco.
( ) A lagoa onde Iracema se banhava (lagoa da Porangaba) virou lenda: as mães vinham ali banhar suas filhas para torná-las belas como a índia tabajara.
( ) O guerreiro branco foi transformado em guerreiro vermelho, filho de Tupã. Recebeu um nome na língua indígena: Coatiabo (guerreiro pintado).
15- No romance de José de Alencar, Iracema é uma jovem índia de qual tribo? E que segredo ela guarda?
a) Dos tabajaras; o segredo da jurema, uma planta alucinógena.
b) Dos tocantins; ela é curandeira, tem o dom da cura de algumas doenças.
c) Dos potiguaras; o segredo da juçara, uma palmeira que serve de esconderijo na mata.
d) Dos araguaias; Iracema guarda a pedra filosofal, que garante a vida eterna a quem quebrá-la.
16- Os longos cabelos de Iracema são comparados pelo autor às asas de qual ave?
a) Da jandaia, porque são ruivos.
b) Da maria-faceira, porque a índia fala muito.
c) Da arara-azul, porque são azuis.
d) Da graúna, porque são negros.
17- Como a índia Iracema conhece o seu amado, o português Martim?
a) Eles se encontram na Mata Atlântica depois que ele se perdeu do grupo de trekking
b) Martim entra na floresta sem convite dos índios e é flechado por Iracema
c) Martim cai da embarcação que o trazia à costa brasileira e é salvo do naufrágio por Iracema
d) Ela foi prometida a Martim pelo pai, o pajé da tribo, em troca da proteção das terras indígenas
Obs.:
Se tiver tempo, releia a prova e certifique-se de que não se esqueceu de responder a nenhuma questão.
“A função do professor/educador é fazer o aluno pensar, superar desafios, compreender o mundo e torná-lo melhor a cada dia.”
Abraços do Flávio "Negão"
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“A função do professor/educador é fazer o aluno pensar, superar desafios, compreender o mundo e torná-lo melhor a cada dia.”
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“Aprendam o que é ensinado a vocês.” (Provérbios 8:33)
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“O que ensina, esmere-se no fazê-lo.” (Romanos 12:7)
“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.” (Leonardo Da Vinci)
“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5:16